segunda-feira, 25 de julho de 2011

Aos que choram sobre o túmulo de Amy




Poupem suas palavras. Amy Jade Winehouse está morta. Back to black, mais uma vez. Nos seus olhos cinzentos, ela sabe o porquê de tudo. Seu pai era motorista de taxi e sua mãe farmacêutica. Ganhou sua primeira guitarra aos 13. No subúrbio londrino, corria jazz e blues em suas veias. Fumando sua vida ao lado de Pete Doherty. Sob luzes coloridas no palco, a solidão ecoa. Vem de uma música pulsante. Back to black, mais uma vez: começo de sua morte. Ninguém vê. Para os tablóides, dinheiro. Personagem junkie. Sátiras e escândalos propagados. Poupem suas palavras estúpidas. No seu funeral, uma orquestra deverá tocar. E,se falarem de maldição, digo: o mundo todo é maldito com os lindos que morreram aos 27. No mais, ninguém pôde ajudar seu coração. Então tenham pena de si. Amy deixou o que podia e em pouco tempo revolucionou um meio musical impulsionado por uma mídia babaca. Que ressoe sua música, agora. Sentirão, quem sabe, sua sinceridade e originalidade. A falta pesa muito.

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