A banda cearense Cidadão Instigado estará na Bélgica nesse mês de agosto. Em ocasião especial, o grupo tocará com o guitarrista da banda dEUS, Mauro Pawlowski, no festival Pukkelpop, dia 18. Foo Fighters, Kasabian, The Kills e Explosions in the sky são alguns nomes do line-up do festival belga.
O encontro entre a banda de Fernando Catatau e o músico europeu se deu por meio de incentivo do festival de arte Europalia, que esteve no Brasil ano passado. O festival itinerante tem objetivo de resgatar a arte, a moda, o desing e a gastronomia dos países em que passa.
Sobre os disco lançados em 2011, uma surpresa. O disco Forever Dolphin Love, de Connan Mockasin está resenhado em alguns parágrafos, no Ciclo do Contratempo.
Opções não faltam para quem quer ouvir boa música nesse começo de fim de semana. Além de Mona Gadelha, algumas bandas de rock de estilos bem diferentes se apresentam nessa última sexta-feira do mês:
Salão das Ilusões
Noite de rock com discotecagem do irreverente Jonnata Doll, às 20h. Em seguida, a banda "Venus in furs" faz nada menos do que cover do Velvet Underground (foto). O Salão das Ilusões fica no Edifício Dona Bela, Rua Coronel Ferraz, 80, Centro. Ingresso: R$10.
Órbita Bar
Red Hot Chilli Peppers é banda da noite de covers do Órbita Bar (R. Dragão do Mar, 207). Lembrando que para abrir o show temos música autoral de Felipe Cazaux. A partir de 21h, com ingresso de R$15.
Arcevo Imaginário
Para encerrar a programação de férias, o Arcevo traz a banda Os Transacionais, com o repertório de rock retrô. A discotecagem fica por conta do DJ Marquinhos. Entrada: R$30 (inteira), R$15 (meia). A partir das 22h. Endereço: Rua José Avelino, 226.
Fazer um tributo à canção cearense dos anos 1970. Esse é o intuito da cantora e compositora Mona Gadelha que lança seu disco "Praia Lírica", nessa sexta-feira (29), às 20h, no Teatro José de Alencar. Canções de compositores como Fagner, Belchior e Ednardo ganharam novos arranjos na voz da cantora e no piano de Fernando Moura.
Desafio de aliar a música dos cancioneiros cearenses à uma interpretação moderna. O quinto trabalho da cearense que reside em São Paulo possui prospota audaciosa. "Praia Lírica é o instante em que o universal se afirma, como sentimento do mundo e o canto faz questão de ignorar fronteiras de tempo ou e espaço" - avalia o escritor Gilmar de Carvalho.
O disco traz músicas como “Noturno” (Caio e Graco Silvio), “Paralelas” (Belchior), “La Condessa” (Ricardo Bezerra, Brandão e Ribamar), “A Manga Rosa” (Ednardo), “Astro Vagabundo” (Fagner e Fausto Nilo) e “Lupiscínica” (Augusto Pontes e Petrúcio Maia), entre outras músicas.
Serviço
Lançamento do CD Praia Lírica – Um tributo à canção cearense dos anos 70 com Mona Gadelha Onde: Teatro José de Alencar - Rua Liberato Barroso, 525 - Centro. Quando: Dia 29 de julho de 2011 (sexta), 20 horas Informações: (85) 3101-2583 / 3101-2596 Grátis
Poupem suas palavras. Amy Jade Winehouse está morta. Back to black, mais uma vez. Nos seus olhos cinzentos, ela sabe o porquê de tudo. Seu pai era motorista de taxi e sua mãe farmacêutica. Ganhou sua primeira guitarra aos 13. No subúrbio londrino, corria jazz e blues em suas veias. Fumando sua vida ao lado de Pete Doherty. Sob luzes coloridas no palco, a solidão ecoa. Vem de uma música pulsante. Back to black, mais uma vez: começo de sua morte. Ninguém vê. Para os tablóides, dinheiro. Personagem junkie. Sátiras e escândalos propagados. Poupem suas palavras estúpidas. No seu funeral, uma orquestra deverá tocar. E,se falarem de maldição, digo: o mundo todo é maldito com os lindos que morreram aos 27. No mais, ninguém pôde ajudar seu coração. Então tenham pena de si. Amy deixou o que podia e em pouco tempo revolucionou um meio musical impulsionado por uma mídia babaca. Que ressoe sua música, agora. Sentirão, quem sabe, sua sinceridade e originalidade. A falta pesa muito.
A venda de ingressos para um dos maiores festivais de música do Brasil, o Rock in Rio, começa amanhã. Será feita pela internet, até que os tickets se esgotem. Grandes nomes da música nacional e internacional estarão presentes.
Reviver momentos de algumas bandas dos anos 1980 será uma opção nessa edição do festival. A norte-americana Guns'n'Roses está marcada para se apresentar dia 2 de outubro. Também teremos a opção de ver o rock de brasília da Legião Urbana (confira o vídeo abaixo). Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá serão acompanhados por 70 músicos regidos pelo maestro Roberto Minczuck. Além da orquestra, estão previstos convidados especiais. A apresentação abrirá o dia 29 de setembro.
A edição 2011 do festival será realizada nos dias 23, 24, 25, 29, 30 de Setembro e 01 e 2 de outubro, no Parque Olímpico Cidade do Rock, no Rio de Janeiro. Essa é a quarta vez que o Rock in Rio acontece na cidade maravilhosa. A última foi em 2001. Durante esses anos, o festival teve edições em Portugal e Espanha.
A revista Rolling Stone lançou uma promoção para quem é fã de Beatles. Edições especiais da revista intitulada "The Beatles - As 100 Melhores Canções" serão sorteadas.
As 20 respostas com maior número de "Likes" ('curtir', em português) serão expostas na página da revista no Facebook. As 10 mais criativas serão selecionadas por uma comissão julgadora e postadas na área de concursos no website da Rolling Stone, no dia 1º de agosto.
Grandes atrações do heavy-metal e do rock estarão em Fortaleza. Almah, projeto de Edu Falaschi, encerra a noite de hoje, no palco do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura. Amanhã é dia da Vulcano (SP).
Desde 1999 o evento vem ganhando espaço nacionalmente. O nome se originou de um trocadilho com a micareta Fortal, que acontece no mesmo período. O ForCaos é organizado pela Associação Cearense do Rock (ACR) em parceira com a Prefeitura de Fortaleza e o Banco do Nordeste.
Algumas apresentações já ocorreram, mas dá tempo de conferir muitas bandas ainda. Além de shows, algumas palestras e workshop serão ministrados.
ForCaos 2011 Onde: No Anfiteatro do Centro Dragão do Mar de Arte e Cultura e no Centro Cultural Banco do Nordeste Quando: Hoje e Amanhã - 22 e 23 de julho Preço: No Dragão, R$20 (inteira) + 1 kg de alimento não-perecível; no CCBNB, grátis. Informação: (85) 3488.8600
Seguir uma carreira independente é a solução para muitos músicos hoje. Até os anos 1990 muitos artistas seguiam aquele velho ritual de achar uma gravadora para lançar seu primeiro disco. O líder do Nirvana, Kurt Cobain, conta no documentário About a Son (2006) que distribuía fitas cassete a todas empresas do mercado fonográfico de sua cidade. Fazia um envelope original. Colocava além da fita, um bocadinho de formigas mortas, por exemplo, para tentar impressionar os gatekeepers do meio musical.
As coisas parecem ter ficado mais fáceis, principalmente com o uso da internet. Muitos lançam seu disco sem apoio de gravadoras. Com a ajuda de alguns amigos, ou mesmo sozinhos, artistas vão criando seu espaço no mercado. O investimento em uma produção independente, entretanto, requer algumas noções administrativas. O músico passa a ter contato direto com gastos e com a logística a ser empregada.
A cantora Carol Oliveira fez uma média de quanto seria gasto para lançar seu primeiro disco de 12 faixas: R$ 80 mil (com tudo incluso - fotos, músicos, estúdio, design). A divulgação, incluindo um aluguel para apresentação no teatro, sairia por R$ 30 mil. O valor total, no mínimo, seria de R$110 mil. Esse dados foram fornecidos às coluna Vertical S/A, do dia 18 de junho de 2011, no jornal O Povo.
Esses gastos são apenas para começar a pensar na divulgação de seu disco. Carol afirma que para uma divulgação mais completa, só por meio de editais de cultura e/ou patrocínios. Criação de logomarca, site, release, layout de material impresso, fotografia, foram alguns outros gastos da cantora. O resultado pelo menos é um material de qualidade, que pode ser conferido pelo endereço: http://www.carololiveirampb.com.br
Independente por necessidade e por opção. Músico experimental, crítico e irônico. Negro, nego dito, de visual deslumbrante, maldito. Com um pé na Vanguarda Paulista e outro na música popular. Mistura africana, brasileira, de lugar nenhum. Gostava de pássaros e plantas, especialmente de suas orquídeas. Não sabia lidar com a vida. Gênio. Só sabia compor, cantar e tocar. Itamar Assumpção é redescoberto no documentário "Daquele instante em diante", de Rogério Velloso. O filme está em cartaz no Espaço Unibanco Dragão do Mar em sessão única e gratuita, às 19h50.
No começo da década de 1980, ele nadou contra a corrente. Lançou seu primeiro disco por conta própria. Paranaense de sangue paulista, Itamar teve que passar por cima de muitos preconceitos. Trazia em sua raça, estilo, performance e sonoridade o que não fora bem visto pelas grandes gravadoras e pela mídia. Diziam que seu som era "difícil". Seu talento, contudo, fez brilhar novos rumos da música nacional. Fez parcerias com Arrigo Barnabé, Alice Ruiz e Paulo Leminski. Sempre transcendente, foi desconhecido e/ou pouco prestigiado em seu tempo.
Por meio de imagens raras e depoimentos de amigos e familiares, o documentário nos reporta o por quê desse fenômeno "maldito da mpb". Aproximamo-nos de um universo que parece realmente guardado no fundo do baú da música brasileira. Sentimo-nos presentes nos bastidores de shows do vulgo nego dito. O que descobrimos é uma verdadeira veia alternativa a todo mercado musical.
Final do período da ditadura militar no país e a música brasileira continuava a explodir com grandes compositores. Em São Paulo, músicos considerados vanguardistas exploravam a música atonal e dissonante. Para Itamar, tudo aquilo foi um aprendizado. Tocou com Arrigo Barnabé, coletou músicos e teve de conquistar seu espaço sem apoio da mídia. Tinha o seu público que começava a lotar pequenos espaços onde tocava. Juntou amigos músicos e conseguiu gravar nada menos do que nove discos por selos independentes.
O filme nos propõe uma discussão enriquecedora sobre o que é ser popular na música. Perguntavam a Itamar quando iria fazer sucesso, ele respondia ironicamente: "eu já faço, sou popular". Se havia um grande desprestígio do músico solo brasileiro, havia também um público sedento pela nova música. Exemplo mais claro foi no lançamento de seu primeiro disco, "Beleléu, leléu, eu" (1980), que vendeu 18 mil cópias, em três meses. Depois vieram viagens para Europa. Itamar chegou a querer mudar de país, devido ao tratamento e valorização que recebeu em terras estrangeiras.
Itamar Assumpção, entretanto, não deixou o Brasil. Amava sua terra, assim como a música e todos com quem compartilhou seus desejos poéticos. Esses eram muitos e mal cabiam em seu corpo. Brincava com palavras e encenava. Da sua cabeça jorravam notas transpostas para baixo e vocais femininos.
O íntimo de uma joia da música nacional está agraciado em "Daquele instante em diante". Sua personalidade forte, sua insistência deve ser um estímulo aos jovens compositores atuais. Itamar é exemplo de doçura e loucura. Um verdadeiro artista que, se desconhecido outrora, tomará conta das mentes que assistirem a esse glorioso conteúdo de imagens e conhecimento.
Trailer
Serviço
Daquele instante em diante Em cartaz no Espaço Unibanco Dragão do Mar Centro Cultural Dragão do Mar Av. Almirante Tamandaré, 310 Praia de Iracema Sessão única, às 19h50 Grátis Tel.: (85) 3219-2641